Por que conservamos os alimentos?
Os alimentos que consumimos passam por um logo percurso logístico até chegar às prateleiras de supermercados. Por conta dessa extensa logística de transporte, tanto em quesitos de distância quanto de tempo, existe uma forte tendência da proliferação de enzimas e micro-organismos nocivos à saúde ao longo do transporte. Essa proliferação age, principalmente, em alimentos que possuem uma quantidade considerável de água em sua composição, como leguminosas, leite e carnes em geral. Por essa razão, ao longo dos anos, a sociedade, somada ao avanço da indústria alimentícia, adotou inúmeras medidas para conservar esses alimentos o maior tempo possível e garantir que chegassem próprios para consumo mantendo sua qualidade.
Como funciona a conservação de alimentos?
Da aplicação da salmoura ao uso de aditivos alimentares, como os conservantes, as técnicas de conservação foram se tornando cada vez mais aprimoradas e menos prejudiciais à saúde do consumidor. Historicamente, na babilônia, a cerca de 3000 anos a.C., a conservação se baseava na diminuição no percentual de umidade interna do alimento, tornando, assim, o ambiente desfavorável para a proliferação de bactérias e fungos por meio da desidratação gerada pela pressão osmótica exercida pelo excesso de sal da salmoura.
Entretanto, nos dias atuais, os conservantes atuam não apenas inibindo componentes celulares dos microrganismos, mas também evitando reações oxidativas dos compostos bioativos, como o nitrato e o ácido ascórbico – também chamado de vitamina C que é um agente antioxidante -, respectivamente.
Conservantes são seguros?
Além disso, é importante ressaltar que, independente das inúmeras maneiras de conservar os alimentos, sempre haverá um limite de conservação. Por conseguinte, essas técnicas não são infalíveis, e essa é justamente a razão de todos os alimentos possuírem validade. Dessa forma, a data de vencimento indicará por quanto tempo a técnica aplicada consegue postergar a proliferação microbiana de determinado produto.
Todo e qualquer conservante, independentemente o modo de ação, deve apresentar sua concentração dentro dos parâmetros estabelecidos pela portaria n.º 540 da Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde (SVS/ MS) de 27 de outubro de 1997, e que permanece estabelecido pela ANVISA, que foi criada em 1999, para garantir tanto a eficácia na conservação quanto evitar um eventual efeito adverso atrelado ao conservante.
Gostou de saber sobre conservantes alimentares? Acesse nosso blog para mais conteúdos!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MÖHLER, K. El Curado. España: Editorial Acribia, 1974. 116p.
DE SOUZA, Betina Aguiar et al. Aditivos Alimentares.