A esfoliação é um procedimento amplamente divulgado na área de cuidados com a pele, e promete melhores resultados com a aparência e textura. Ela pode ser classificada de acordo com o seu agente indutor, então existem os esfoliantes físicos, químicos e enzimáticos.
Para que serve a esfoliação da pele?
A camada mais externa da nossa pele é composta majoritariamente por células mortas, que aos poucos deixam de aderir na superfície corpórea e são substituídas por células mais jovens. A esfoliação é um procedimento que auxilia na retirada dessas células repletas de queratina e pobres em conteúdo hídrico da superfície da pele, dando lugar às células mais jovens e ricas em vitalidade, o que melhora a aparência da pele.
A esfoliação, além de devolver um aspecto saudável e uniforme para a pele, diminui a incidência de pelos encravados (foliculite), rugas finas, hiperpigmentação, queratose actínica, elimina impurezas e auxilia na penetração de ativos, como cremes e tratamentos.
Vale lembrar que a camada de células mortas serve como proteção contra agentes externos, além de auxiliar na manutenção da hidratação da pele. Portanto, quanto mais sensível for a pele e a região da esfoliação, esta deve ser realizada de forma menos agressiva e com menor frequência!
A seguir, apresentamos alguns métodos de esfoliação (físico, químico ou enzimático).
Esfoliantes físicos
Esfoliantes físicos são aqueles que atuam através do atrito de algum produto granuloso (seja ele em barra ou fluido) com a pele, retirando mecanicamente as células mortas. As substâncias mais utilizadas para isso são a sílica, arroz, sementes refinadas (damasco, apricot, etc.), microesferas de jojoba e microgrânulos de polietileno.
Deve-se sempre optar por produtos com agentes esfoliantes de superfícies regulares e menos abrasivas, bem como partículas menores, para que haja mínima irritação e fissuramento da pele. Desta forma, é importante evitar produtos caseiros de esfoliação, que geralmente não apresentam essa tecnologia preventiva, principalmente se o produto for destinado para a face, onde a pele é naturalmente mais fina e sensível.
Esfoliantes químicos
Também chamados de “peelings químicos”, esses produtos são deixados na superfície da pele por um tempo e permeiam no tecido, removendo as camadas mais externas e estimulando a renovação e o crescimento celular. Estes tipos de esfoliantes podem ser mais ou menos potentes dependendo de sua concentração e pH.
Os mais utilizados são: ácido glicólico, ácido lático, ácido salicílico e ácido pirúvico. Além disso, temos os alfa-hidroxiácidos, como o ácido málico, lático e glicólico.
Esfoliantes enzimáticos
Esfoliantes enzimáticos ou biológicos também funcionam como peelings, porém utilizam-se de enzimas proteolíticas, que quebram proteínas como a queratina e através disso afinam a pele e estimulam a regeneração celular. Essa regeneração envolve a formação de fibras colágenas e elastina, resultando em uma pele com melhor textura e flexibilidade.
As enzimas proteolíticas mais utilizadas em cosméticos são a papaína (obtida do látex do mamoeiro) e a bromelina (que pode ser extraída do abacaxi).
A esfoliação pode ser feita mecanicamente através de buchas e esfoliantes físicos, ou por meio de peelings, sejam eles químicos ou enzimáticos. Peelings químicos, apesar de eficazes, tendem a gerar uma maior irritação na pele, principalmente se a substância utilizada for de alta penetrabilidade. Já os peelings enzimáticos têm o benefício de causarem mínima irritação, mostrando ótimos resultados em regeneração celular.
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Referências Bibliográficas:
- CAREGNATTO, Bianca. GARCIA, Giselle. FRANCA, Ana. Estudo Comparativo entre Esfoliante Químico e Enzimático no Processo de Esfoliação Facial. Estudo Comparativo – Curso Superior em Tecnologia em Cosmetologia e Estética – Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI)
2 Comentários
Ótimas informações e dicas! Adorei!
Ficamos felizes em saber disso! Muito obrigada!