Vacinas são preparações biológicas ou químicas que atuam desenvolvendo uma memória imunológica em seres vivos, ou seja, levam à produção de anticorpos. Isso ocorre através de diversos mecanismos que irão reconhecer doenças específicas caso o agente patogênico entre em contato com o organismo, levando a uma resposta imunológica contra o invasor de forma mais eficaz e com maior rapidez.
Quando surgiram as vacinas?
A varíola foi uma doenças que assolou o mundo por muito tempo, sendo que ao longo desses anos, desenvolveram-se algumas técnicas de combate à ela. Na China, por volta do século X, teve-se o primeiro registro de uma metodologia que surtia um efeito de imunização.
A partir do conteúdo de feridas geradas pela varíola, fazia-se o tratamento da substância por secagem do material ao sol e maceração do conteúdo obtido. Com o pó resultante, realizava-se a inoculação na pele de indivíduos sãos, sendo que era percebido que essas pessoas ficavam protegidas da doença.
Já mais tarde, em 1796, o médico inglês Edward Jenner, ao observar que trabalhadores da zona rural não desenvolviam forma grave da varíola por já terem entrado em contato com a doença bovina (conhecida como “cowpox”), desenvolveu um experimento no qual inoculou o vírus do cowpox em James Phipps, de oito anos. Após a recuperação da doença e vendo que o menino foi resistente à ela, tendo imunidade, o médico inoculou o vírus da varíola humana (smallpox). Assim, surgiu o termo vacina, vindo do latim “de vaca”.
Erradicação de doenças e o movimento “anti-vax”
Ao longo dos anos, a vacinação vem evoluindo constantemente, com novas técnicas promissoras e com um histórico de erradicação de algumas doenças em diversos países. No Brasil, por exemplo, já foi possível erradicar algumas doenças, como varíola, poliomielite ou paralisia infantil, sarampo e rubéola.
Entretanto, o surgimento de um movimento antivacina, também conhecido como “anti-vax”, vem ameaçando a saúde mundial. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou o movimento antivacinação como um dos dez maiores riscos à saúde do mundo
O movimento, principalmente desencadeado por um artigo (já refutado) publicado na revista “The Lancet” sobre a vacina tríplice viral causar autismo, vem crescendo muito por conta de grupos na internet, por meio de teorias da conspiração e espalhamento de dúvidas.
Infelizmente, esse movimento coloca não só em risco pessoas que optam por não vacinar a si mesmas e aos filhos, como também toda a sociedade, por conta da imunização de rebanho.
Imunidade de rebanho
A imunidade de rebanho é um efeito gerado quando uma grande quantidade da população está vacinada contra determinada doença. Por conta do alto número de pessoas vacinadas, o patógeno já não circula, o que leva à proteção daqueles que ainda não tomaram a vacina.
Um exemplo é a vacina contra o sarampo, em que 95% da população foi imunizada, levando ao desaparecimento da doença, e os outros indivíduos que não tiveram acesso à vacina ou decidiram não se vacinar, mantinham-se imunizados pela ausência de circulação do vírus.
Assim, vê-se a importância da vacina e sua atuação para a preservação da saúde e bem estar da população. A desinformação é um fator de risco para a saúde mundial, e o combate à ela salva vidas.
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