O universo dos medicamentos
Quem não quer uma vida longa e saudável? Esse desejo sempre esteve presente no pensamento humano: já na Antiguidade, alquimistas buscavam o elixir da longa vida, ou seja, uma substância mágica que fosse capaz de prolongar a vida infinitamente. Hoje,
de certa forma, alcançamos esse objetivo – a expectativa de vida aumentou graças, em grande parte, ao desenvolvimento dos medicamentos.
Muitas são as opções de medicamentos disponíveis no mercado: fitoterápicos, alopáticos, homeopáticos, manipulados, genéricos e de referência. Nesse texto, você irá conhecer um pouco mais sobre os medicamentos genéricos.
O que são medicamentos genéricos?
Os genéricos são medicamentos equivalentes aos medicamentos de referência, ou seja, possuem o mesmo fármaco (princípio ativo), na mesma quantidade e forma farmacêutica. Você pode identificá-los por meio da tarja amarela com o escrito “medicamento genérico” na embalagem, além disso, eles são comercializados com o nome do princípio ativo, ao invés do nome da marca [1].
Quais são as vantagens de um medicamento genérico?
Os medicamentos genéricos são mais baratos!
Para produzir um genérico não é preciso fazer pesquisas e ensaios clínicos, isto porque essas etapas já foram realizadas para o desenvolvimento do medicamento de referência. Vale lembrar que pesquisas científicas podem gerar muitos gastos, que impactam no preço produto final.
Outro ponto importante é que a comercialização dos genéricos sem um nome de marca reduz os gastos com publicidade. [3]
É seguro usar medicamentos genéricos?
De acordo com a Anvisa, os medicamentos genéricos devem passar por testes que garantam sua segurança, eficácia e qualidade antes de serem comercializados, de forma que estes sejam equivalentes aos medicamentos de referência.
Mas, atenção! O médico que fez a prescrição ou um farmacêutico deve orientar a substituição de um medicamento de referência por um genérico, não pelo balconista da farmácia. [4]
Medicamentos genéricos no Brasil
No Brasil, o acesso da população aos medicamentos essenciais é regulamentado pela “Política Nacional de Medicamentos”, que visa “garantir a necessária segurança, eficácia e qualidade destes produtos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais”.
Deste modo, como forma de tornar o acesso aos medicamentos mais efetivo, em 1999 foi instituída a “Lei dos Genéricos”, que permitiu que indústrias farmacêuticas produzissem “cópias” dos medicamentos de referência, após a expiração ou renúncia da patente destes. [5]
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Araújo LU, Albuquerque KT, Kato KC, Silveira GS, Maciel NR, Spósito PA, et al. Medicamentos genéricos no Brasil: panorama histórico e legislação. Rev Panam Salud Publica. 2010; 28(6):480–92.
[2] Imagem disponível em: https://progenericos.org.br/noticias/medicamentosgenericos-o-que-sao-e-como-comprar/
[3] PAIM, Sandro Paino; ROSSI, George Berdinelli; DA SILVA, Dirceu e GERVASONI, Viviane Chunques. Lei dos genéricos: causa da vantagem competitiva e rentabilidade para as empresas nacionais do setor de fármacos. Revista de Gestão em Sistemas de Saúde – RGSS, São Paulo, v. 1, n. 1, p. 04-21, jan/jun.
[4] Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/medicamentos-genericos-4/
[5] LEMESA, Erick de Oliveira; DE ALMEIDA, Naara Sabrine Vaz; EUBANKSA, Paulo Henrique Pires; DE RESENDEA, Sebastião Robson e DA LUZA, Wanessa Cristina Martins. História do Medicamento Genérico no Brasil. Ensaios Cienc., v. 22, n. 2, p. 119-123, 2018